APOSTILA
DE CAPOEIRA
· ORIGEM DA CAPOEIRA
· CAPOEIRA REGIONAL
· TOQUES
· INSTRUMENTOS
· Sequencias mestre bimba
Origem da Capoeira
A Capoeira é uma
forma de expressão cultural Afro-Brasileira, assim como a própria origem diz,
criada por africanos que vieram para o Brasil na época da escravidão, ela
mistura dança, luta, música e também a cultura popular.
Tal expressão que foi desenvolvida no Brasil se caracteriza por movimentos
ágeis com tamanha complexidade que o inimigo nem percebe que vai ser atacado,
para realizar os movimentos são utilizadas as mãos, joelhos, cabeça, cotovelos,
além de ser evoluído movimento ginástico- acrobático, é algo que diferencia
bastante a capoeira das outras artes marciais é o acompanhamento por música e
grandes rodas para acompanharem o combate.
A música é um elemento importante da capoeira, porque na época é uma forma que
os escravos usavam para enganar os senhores, que pensavam que estavam dançando
mas na verdade o que estavam faziam eram treinamentos de golpes para se
defenderem, hoje em dia é usado só para dar ritmo e preservar a cultura da
luta, mas capoeira sem música não é capoeira, ela também é que determina o
ritmo dos jogadores, além das ladainhas, aquelas músicas que só a capoeira tem.
Os nomes dos golpes da capoeira variam de grupo para grupo, mas os principais
são: Armada Aú, Baiana, Banda, Benção, Bote Lampejo, Cabeçada, Chapa,
Galopante, Macaco, Martelo, Martelo Cruzado, Meia-lua, Meia-lua de compasso,
Meia-lua de frente, Pisão, Ponteira, Queixada, Rabo-de-arraia, Rasteira, Ponte,
Trança, Giro de mão, Quebra de rins, Esquiva, Esquiva com rolê, Giro de cabeça,
Ginga. A capoeira infelizmente é cultivada em poucas partes do Brasil, mas
existem grupos culturais que matem viva a tradição de nossos antepassados
africanos, que também fazem parte da história do Brasil.
Capoeira
Regional
O jogo Regional, se caracteriza por ser
jogado sob os toques da Capoeira Regional: "São Bento Grande da
Regional", "Idalina", "Banguela",
"Amazonas", "Iúna", segundo os princípios desenvolvidos
pelo seu criador, Manoel dos Reis Machado, Mestre Bimba (1900-1974), quando
Bimba começou a sentir que a "Capoeira Angola", que ele praticava e
ensinou por um bom tempo, tinha se modificado, degenerou-se e passou a servir
de "prato do dia" para "pseudo-capoeiristas", que a
utilizavam unicamente para exibições em praças e, por possuir um número
reduzido de golpes, deixava muito a desejar, em termos de luta. Aproveitou-se
então do "Batuque" e da "Angola" e criou o que ele chamou
de "Capoeira Regional", uma luta baiana. Possuidor de grande inteligência,
exímio praticante da "Capoeira Angola" e muito íntimo dos golpes do
"Batuque" (O Batuque, é uma luta braba, violenta, onde o
objetivo era jogar o adversário no chão usando apenas as pernas), intimidade
esta adquirida com seu pai, um mestre nesse esporte, foi fácil para Bimba, com
seu gênio criativo, "descobrir a Regional".
Não basta ser rápido qualquer toque para que se transforme em Regional o jogo. Tem
Regra. Tem jogo específico para os toques específicos, tem fundamentos
próprios. Jogo Regional pode ser de fora, como também pode ser de dentro. Pode
ser alto ou baixo. Pode ser jogado na manha do toque da Banguela, que o Mestre
criou para acalmar os ânimos. Mas tem que ser marcado, sincronizado no toque do
berimbau único que segura a roda e dá o ritmo do jogo. Não tem que disparar
apressado que não possa mais cantar. Pode ser manhoso também. Regional tem
força, garra, ritmo e muita ciência também. As características principais da
Capoeira Regional são:
1) Exame de Admissão:
Consistia
de três exercícios básicos, cocorinha, queda de rins e deslocamento (ponte),
com a finalidade de verificar a flexibilidade, força e equilíbrio do iniciante.
Em seguida a aula de coordenação onde o aluno aprendia a gingar auxiliado pelo
Mestre Bimba. Para ensinar a ginga, Mestre Bimba convidava o aluno para o
centro da sala e frente a frente pegava-o pelas mãos e ensinava primeiramente
os movimentos das pernas e a colocação exata dos pés, e em seguida realizava o
movimento completo em coordenação com os braços. Este momento era
importantíssimo para o iniciante pois lhe transmitia coragem e segurança.
Acordeon Ex-aluno do Mestre poeticamente diz "...ELE ERA FORTE
NA ALMA TINHA UMA FACA NO OLHAR QUE CORTAVA A GENTE DE CIMA A BAIXO QUANDO
ESTAVA A ENSINAR...".
MESTRE
BIMBA
2) Sequência de Ensino de Mestre Bimba:
O
Mestre criou o primeiro método de ensino da capoeira, que consta de uma sequência
lógica de movimentos de ataque, defesa e contra-ataque, podendo ser ministrada
para os iniciantes na forma simplificada, o que permite que os alunos aprendam
jogando com uma forte motivação e segurança. Jair Moura, Ex-aluno explica "esta
sequência é uma série de exercícios físicos completos e organizados em um
número de lições práticas e eficientes, a fim de que o principiante em
Capoeira, dentro de um menor espaço de tempo possível, se convença do valor da
luta, como um sistema de ataque e defesa". A sequência original
completa de ensino é formada com 17 golpes, onde cada aluno
executa 154 movimentos e a dupla 308, o que
desenvolve sobremaneira o condicionamento físico e a habilidade motora
específica dos praticantes. Os golpes integrantes da Sequência são:
·
Aú;
·
Armada;
·
Arrastão;
·
Bênção;
·
Cocorinha;
·
Cabeçada;
·
Godeme;
·
Galopante;
·
Giro;
·
Joelhada;
·
Martelo;
·
Meia Lua de Compasso;
·
Queixada;
·
Negativa;
·
Palma;
·
Meia Lua de Frente;
·
Rolê;
3) Cintura
Desprezada:
É uma sequência de golpes ligados e balões, também
conhecidos como Movimentos de Projeção da Capoeira, onde o capoeirista projeta
o companheiro, que deverá cair em pé ou agachado jamais sentado. Tem o objetivo
de desenvolver a auto-confiança, o senso de cooperação, responsabilidade,
agilidade e destreza. Os golpes que fazem parte desta sequência são:
* Aú
* Balão de lado
* Tesoura de costas
* Balão cinturado
* Apanhada
* Gravata alta
4) Batizado:
É um momento de grande significado para o aluno,
depois de ter aprendido toda a sequencia, encontra-se apto para jogar pela
primeira vez na roda. Itapoan, Ex-aluno retrata o Batizado da seguinte maneira:
"O Batizado consistia em colocar em cada calouro um 'Nome de Guerra': o
tipo físico, o bairro onde morava, a profissão, o modo de se vestir, atitudes,
um dom artístico qualquer, serviam de subsídios para o apelido". Fred
Abreu referindo-se ao batizado, cita que na intimidade da Academia de Mestre
Bimba ele assim se dizia "Você hoje vai entrar no aço". Desta maneira
o Mestre avisava ao calouro que chegou a hora do seu batizado, era um momento
de grande emoção, pois tratava-se de jogar capoeira pela primeira vez na roda
amimada pelo berimbau. Para este jogo era escolhido um formado ou um aluno mais
velho da Academia que estivesse na aula, que como padrinho incentivava ao
afilhado a jogar (soltar o jogo), e após o jogo o Mestre no centro da roda levantava
a mão do aluno e então era dado um apelido "Nome de Guerra" com o
qual passaria a ser conhecido na capoeira.
5) Esquenta Banho:
Segundo Itapoan o "Esquenta Banho" originou-se da necessidade dos
alunos de se manterem aquecidos "esquentados"... Logo após o termino
da aula todos os praticantes corriam para o banheiro a fim de tomarem uma
chuverada, no entanto o banheiro da academia era pequeno com um só chuveiro com
água fina, o que proporcionava um congestionamento e a inevitável fila. Para
não esfriar o corpo, os alunos mais velhos, normalmente os formados tomavam a
iniciativa e começava o "Esquenta Banho". Este era um momento fértil
da aula, pois se tratava do espaço do aluno, também chamado de "Bumba Meu
Boi" ou "Arranca Rabo" devido aos frequentes desafios para o
acerto de contas, como exemplo, descontar um golpe tomado durante a roda.
Muitos formados aproveitavam para testar suas capacidades desafiando dois,
três, ou mais adversários. Também era muito comum o utilizar esse momento para
o treinamento de golpes difíceis e sofisticados como: vingativa, rasteira,
banda de costa e etc.
6) Formatura:
A formatura era um dia todo especial para o Mestre e seus alunos, um ritual com
direito a paraninfo, orador, e madrinha, lenço de seda azul e medalha. A festa
era realizada no Sítio Caruano no Nordeste de Amaralina na presença dos
convidados e de toda a academia. Os formando vestidos todo de branco, usando
basqueteira, atendiam o chamado do Mestre Bimba que solicitava a demonstração
de golpes, sequencia, cintura desprezada, jogo de esquete (jogo combinado), em
seguida a prova de fogo, o jogo com os formados, também chamado de "Tira
Medalha", um verdadeiro desafio, onde os alunos formados antigos tentavam
tirar a medalha dos formandos com o pé, e assim manchar a dignidade e roupa
impecavelmente branca. Itapoan descreve com muita propriedade, "O objetivo
do formado antigo era tirar com um golpe aplicado com o pé, a Medalha do peito
do formando, caso isso acontecesse, o aluno deixava de formar, o que era um vexame!".
Por isso o aluno jogava com todos os seus recursos, enfrentando um capoeirista
malicioso e técnico até o momento que o Mestre apitasse para encerrar o jogo.
Aí, o formando conferia se a medalha continuava presa ao peito, que alivio
estava formado! Dando continuidade ao ritual de formatura aconteciam as
apresentações de maculelê, Samba de Roda, Samba Duro e Candomblé.
7) Iúna:
A Iúna é uma marca registrada da Capoeira Regional de Mestre Bimba, é um toque
de berimbau criado pelo Mestre, que era tocado no final das aulas ou em eventos
especiais, um toque onde só os alunos formados tinham acesso à roda, com a
obrigatoriedade de realizar um "jogo de floreio", bonito, criativo,
curtido, malicioso e que deveria ter movimentos de projeção. Este jogo suscitava
muita admiração e emoção.
8) Curso de
Especialização:
Este era um curso secreto onde só poderia participar os alunos formados por
Mestre Bimba. Tinha como objetivo o aprimoramento da capoeira, com uma ênfase
para os ensinamentos de defesa e contra-ataque de golpes advindos de um
adversário portando armas como: navalha, faca, canivete, porrete, facão e até
armas de fogo. Sua duração era de três meses divididos em dois módulos, o
primeiro com a duração de sessenta dias e era desenvolvido dentro da academia
através de uma estratégia de ensino muito peculiar do Mestre. O segundo com
duração de 30 dias e era realizada na Chapada do Rio Vermelho, tinha como
conteúdo as "emboscadas", a qual Itapoan assim se refere "Uma
verdadeira guerra, verdadeiro treinamento de guerrilha. Bimba colocava quatro a
cinco alunos para pegar um de emboscada. O aluno que tivesse sozinho, tinha que
lutar até quando pudesse e depois correr, saber correr, correr para o lugar
certo". Ao final do curso o Mestre Bimba fazia uma festa aos moldes da
formatura e entregava aos concluintes um "Lenço Vermelho" que
correspondia a uma titulação de Graduação dos Formandos Especializados.
9) Músicas:
Podemos dividir em duas partes - a primeira referente aos toques de Berimbau,
São Bento Grande, Santa Maria, Banguela, Amazonas, Cavalaria, Indalina e Iúna.
A rigor cada toque tem um significado e representa um estilo de jogo. São Bento
Grande é um toque que tem ritmo agressivo, indica um jogo alto com golpes
aprimorados e bem objetivos, um "jogo duro". A Banguela é um toque
que chama para um jogo compassado, curtido, malicioso e floreado. Cavalaria é o
toque de aviso, chama a atenção dos capoeiristas que chegou estranhos na roda,
outrora avisava da aproximação de policiais. Iúna é um toque especial para os
alunos formados por Mestre Bimba, incita um jogo amistoso, curtido, malicioso e
com a obrigatoriedade do esquete. Santa Maria, Amazonas e Idalina são toques de
apresentação. A segunda referência é sobre as musicas - quadras e corrido. As
quadras são pequenas ladainhas com versos composto de 4 a 6 linhas. O corrido
são cantigas com frases curtas que é repetido pelo coro.
Curiosidades.
CURIOSIDADES
Mestre Bimba só aceitava na sua academia alunos que
tivessem a carteira de trabalho assinada, fossem estudantes ou tivessem alguma
ocupação reconhecida.
Antigamente havia um "Berimbau de boca" ou "trompa de
Paris" no qual a caixa de resonância, em vez da cabaça, era a boca.
Os capoeiristas costumavam usar calças boca de sino e no período em que a
capoeira ficou proibida por lei (1890-1930) a polícia, para detectar os
capoeiristas, colocava um limão dentro das calças do indivíduo. Se o limão
passasse pelas pernas e saísse pela boca das calças, a pessoa era considerada
capoeirista.
“Vadiar" significa jogar por
prazer, por diversão. Na época da escravidão a vadiação era o lazer dos
escravos nas horas de descanso.
Os capoeiristas eram contratados pelos políticos para bagunçar no dia das
eleições. Enquanto as pessoas desviavam a atenção para a confusão dos capoeiras
um indivíduo colocava um maço de chapas na urna ou na linguagem da época
"emprenhava a urna". Vencia as eleições o candato que dispunha de
maior nº de capoeiras.
Canjiquinha foi o criador da Festa de Arromba, jogada nas festas do Largo da
Bahia. Nessas comemorações vários capoeiristas se reuniam e jogavam em troca de
dinheiro e bebida.
“Crocodilagem" é o nome dado a um
jogo duro que submete o capoeira a uma situação de inferioridade ou
deslealdade.
Em 1824, os escravos que fossem pegos praticando capoeira recebiam trezentas
chibatadas e era enviadas para a Ilha das Cobras para realizar trabalhos
forçados durante três meses.
Milhares de capoeiristas foram para a Guerra do Paraguai, pois havia sido
prometida a liberdade no final do conflito àqueles que participassem da
batalha.
“Caxinguelê" é o nome dado a
meninos que praticam capoeira.
Antigamente, era de costume os capoeiristas trajarem terno de linho branco. Era
considerado um bom jogador aquele que conseguisse sair da roda com o terno
impecavelmente limpo.
A orquestra do samba de roda é composta por pandeiro, violão, chocalho e prato
de cozinha arranhado por uma faca.
A luta de Mestre Bimba que demorou mais tempo durou um minuto e dois segundos.
Manuel dos Reis Machado nasceu no dia 23 de novembro de 1900, no bairro Engenho
Velho, Freguesia de Brotas, Salvador, Bahia.
O apelido ele ganhou logo ao nascer de uma aposta feita entre sua mãe, Maria
Martinha do Bonfim e a parteira que o aparou.
Seu pai, Luís Cândido Machado, era conhecido como um grande batuqueiro, campeão
de batuque.
Iniciou-se na capoeira aos 12 anos de idade, seu mestre foi o africano
Bentinho, capitão da Companhia de Navegação Baiana.
Aos 18 anos começa a dar aulas no bairro onde nasceu. Como ele mesmo dizia:
“Em 1918 não havia escola de capoeira,
havia sim rodas de capoeira, nas esquinas, nos armazéns e no meio do mato”.
Em 1928 achando que a capoeira que ele praticava e ensinava era pouco
competitiva, e que deixava a desejar em termos de luta, juntou golpes de
batuque à capoeira de angola e criou a capoeira regional.
“ Fiz a capoeira regional. Enquanto estudava e praticava a de angola fui
inventando e aperfeiçoando novos golpes”.
“ Em 1928 eu criei completa, a regional que é o batuque misturado com a angola,
com mais golpes, uma verdadeira luta, boa para o corpo e para a mente. ”
A capoeira regional criada por Mestre Bimba foi motivo de muita polêmica entre
os outros capoeiristas que não concordavam com sua radical mudança. Por outro
lado, os jornais e revistas da época não cansavam de noticiar suas proezas. A
fama de Bimba e da capoeira regional se propaga pelo Brasil.
Em 1932, fundou sua primeira academia especializada com o nome de “Centro de
Cultura Física e Regional”. Cinco anos depois, em 1937, era reconhecida e
registrada oficialmente pelo governo. Em 1939, Bimba ensina capoeira
regional no quartel do CPOR. Instalou sua segunda academia em 1942.
Bimba leva a capoeira em exibições por todo o país e em 23 de julho de 1953
apresenta-se para o então presidente Getúlio Vargas, no palácio da Aclamação em
Salvador. Ao apertar-lhe a mão o Presidente disse: “A capoeira é o único
esporte verdadeiramente nacional.”
Foi depois desta apresentação que Getúlio Vargas liberou as manifestações
populares até então perseguidas e, com isso, beneficiou a capoeira que deixou
de ser proibida pela polícia.
Casado e pai de 10 filhos, Bimba enfrentava problemas financeiros. Assim,
acreditando em promessas de maior reconhecimento e de uma vida melhor, Mestre
Bimba deixa Salvador e parte para Goiânia.
Porém sua vida em Goiânia não foi como lhe haviam prometido. Um ano depois de
deixar a Bahia, no dia 05 de fevereiro de 1974 morre Mestre Bimba.
“O homem que elevou a capoeira de
status, que a tirou de baixo do pé do boi, como gostava de dizer, e a
introduziu nos meios universitários e sociais de Salvador, que foi citado em
enciclopédias e filmado por turistas do mundo todo.”
Sepultado em Goiânia, seus restos mortais foram transladados para Salvador em
20 de julho de 1978.
“Bimba se foi, mas deixou sua majestosa,
inigualável obra, a qual, como ele, tornou-se imortais, deixando sua filosofia
e sua força de fazer uma capoeira forte e insuperável, uma capoeira autêntica,
digna de ser chamada Capoeira Regional, a arte marcial brasileira.”
Algumas criações de Mestre Bimba:
Criou a capoeira regional, na época consistia de 52 golpes.
Criou um método de ensino, a chamada sequencia de Bimba que consiste em 8 sequencias
de ataque e defesa para serem executados na roda.
Criou a sequencia de cintura desprezada, que é uma série de balões cinturados,
que os alunos só podiam jogar depois de formados, ao toque de iuna.
Criou o batizado de capoeira, um ritual onde o aluno é iniciado na capoeira
recebendo um apelido e sua primeira graduação.
Criou a graduação na capoeira, que consistia em 4 lenços de esguião de seda:
1º lenço cor azul – aluno formado
2º lenço cor vermelho – aluno formado e especializado
3º lenço cor amarelo – curso de armas
4º lenço cor branco – mestre de capoeira.
A música é um elemento importante da capoeira, porque na época é uma forma que os escravos usavam para enganar os senhores, que pensavam que estavam dançando mas na verdade o que estavam faziam eram treinamentos de golpes para se defenderem, hoje em dia é usado só para dar ritmo e preservar a cultura da luta, mas capoeira sem música não é capoeira, ela também é que determina o ritmo dos jogadores, além das ladainhas, aquelas músicas que só a capoeira tem.
Os nomes dos golpes da capoeira variam de grupo para grupo, mas os principais são: Armada Aú, Baiana, Banda, Benção, Bote Lampejo, Cabeçada, Chapa, Galopante, Macaco, Martelo, Martelo Cruzado, Meia-lua, Meia-lua de compasso, Meia-lua de frente, Pisão, Ponteira, Queixada, Rabo-de-arraia, Rasteira, Ponte, Trança, Giro de mão, Quebra de rins, Esquiva, Esquiva com rolê, Giro de cabeça, Ginga. A capoeira infelizmente é cultivada em poucas partes do Brasil, mas existem grupos culturais que matem viva a tradição de nossos antepassados africanos, que também fazem parte da história do Brasil.
Não basta ser rápido qualquer toque para que se transforme em Regional o jogo. Tem Regra. Tem jogo específico para os toques específicos, tem fundamentos próprios. Jogo Regional pode ser de fora, como também pode ser de dentro. Pode ser alto ou baixo. Pode ser jogado na manha do toque da Banguela, que o Mestre criou para acalmar os ânimos. Mas tem que ser marcado, sincronizado no toque do berimbau único que segura a roda e dá o ritmo do jogo. Não tem que disparar apressado que não possa mais cantar. Pode ser manhoso também. Regional tem força, garra, ritmo e muita ciência também. As características principais da Capoeira Regional são:
1) Exame de Admissão:
2) Sequência de Ensino de Mestre Bimba:
* Aú
* Balão de lado
* Tesoura de costas
* Balão cinturado
* Apanhada
* Gravata alta
4) Batizado:
Segundo Itapoan o "Esquenta Banho" originou-se da necessidade dos alunos de se manterem aquecidos "esquentados"... Logo após o termino da aula todos os praticantes corriam para o banheiro a fim de tomarem uma chuverada, no entanto o banheiro da academia era pequeno com um só chuveiro com água fina, o que proporcionava um congestionamento e a inevitável fila. Para não esfriar o corpo, os alunos mais velhos, normalmente os formados tomavam a iniciativa e começava o "Esquenta Banho". Este era um momento fértil da aula, pois se tratava do espaço do aluno, também chamado de "Bumba Meu Boi" ou "Arranca Rabo" devido aos frequentes desafios para o acerto de contas, como exemplo, descontar um golpe tomado durante a roda. Muitos formados aproveitavam para testar suas capacidades desafiando dois, três, ou mais adversários. Também era muito comum o utilizar esse momento para o treinamento de golpes difíceis e sofisticados como: vingativa, rasteira, banda de costa e etc.
A formatura era um dia todo especial para o Mestre e seus alunos, um ritual com direito a paraninfo, orador, e madrinha, lenço de seda azul e medalha. A festa era realizada no Sítio Caruano no Nordeste de Amaralina na presença dos convidados e de toda a academia. Os formando vestidos todo de branco, usando basqueteira, atendiam o chamado do Mestre Bimba que solicitava a demonstração de golpes, sequencia, cintura desprezada, jogo de esquete (jogo combinado), em seguida a prova de fogo, o jogo com os formados, também chamado de "Tira Medalha", um verdadeiro desafio, onde os alunos formados antigos tentavam tirar a medalha dos formandos com o pé, e assim manchar a dignidade e roupa impecavelmente branca. Itapoan descreve com muita propriedade, "O objetivo do formado antigo era tirar com um golpe aplicado com o pé, a Medalha do peito do formando, caso isso acontecesse, o aluno deixava de formar, o que era um vexame!". Por isso o aluno jogava com todos os seus recursos, enfrentando um capoeirista malicioso e técnico até o momento que o Mestre apitasse para encerrar o jogo. Aí, o formando conferia se a medalha continuava presa ao peito, que alivio estava formado! Dando continuidade ao ritual de formatura aconteciam as apresentações de maculelê, Samba de Roda, Samba Duro e Candomblé.
A Iúna é uma marca registrada da Capoeira Regional de Mestre Bimba, é um toque de berimbau criado pelo Mestre, que era tocado no final das aulas ou em eventos especiais, um toque onde só os alunos formados tinham acesso à roda, com a obrigatoriedade de realizar um "jogo de floreio", bonito, criativo, curtido, malicioso e que deveria ter movimentos de projeção. Este jogo suscitava muita admiração e emoção.
Este era um curso secreto onde só poderia participar os alunos formados por Mestre Bimba. Tinha como objetivo o aprimoramento da capoeira, com uma ênfase para os ensinamentos de defesa e contra-ataque de golpes advindos de um adversário portando armas como: navalha, faca, canivete, porrete, facão e até armas de fogo. Sua duração era de três meses divididos em dois módulos, o primeiro com a duração de sessenta dias e era desenvolvido dentro da academia através de uma estratégia de ensino muito peculiar do Mestre. O segundo com duração de 30 dias e era realizada na Chapada do Rio Vermelho, tinha como conteúdo as "emboscadas", a qual Itapoan assim se refere "Uma verdadeira guerra, verdadeiro treinamento de guerrilha. Bimba colocava quatro a cinco alunos para pegar um de emboscada. O aluno que tivesse sozinho, tinha que lutar até quando pudesse e depois correr, saber correr, correr para o lugar certo". Ao final do curso o Mestre Bimba fazia uma festa aos moldes da formatura e entregava aos concluintes um "Lenço Vermelho" que correspondia a uma titulação de Graduação dos Formandos Especializados.
Podemos dividir em duas partes - a primeira referente aos toques de Berimbau, São Bento Grande, Santa Maria, Banguela, Amazonas, Cavalaria, Indalina e Iúna. A rigor cada toque tem um significado e representa um estilo de jogo. São Bento Grande é um toque que tem ritmo agressivo, indica um jogo alto com golpes aprimorados e bem objetivos, um "jogo duro". A Banguela é um toque que chama para um jogo compassado, curtido, malicioso e floreado. Cavalaria é o toque de aviso, chama a atenção dos capoeiristas que chegou estranhos na roda, outrora avisava da aproximação de policiais. Iúna é um toque especial para os alunos formados por Mestre Bimba, incita um jogo amistoso, curtido, malicioso e com a obrigatoriedade do esquete. Santa Maria, Amazonas e Idalina são toques de apresentação. A segunda referência é sobre as musicas - quadras e corrido. As quadras são pequenas ladainhas com versos composto de 4 a 6 linhas. O corrido são cantigas com frases curtas que é repetido pelo coro.
Curiosidades.
Antigamente havia um "Berimbau de boca" ou "trompa de Paris" no qual a caixa de resonância, em vez da cabaça, era a boca.
Os capoeiristas costumavam usar calças boca de sino e no período em que a capoeira ficou proibida por lei (1890-1930) a polícia, para detectar os capoeiristas, colocava um limão dentro das calças do indivíduo. Se o limão passasse pelas pernas e saísse pela boca das calças, a pessoa era considerada capoeirista.
“Vadiar" significa jogar por prazer, por diversão. Na época da escravidão a vadiação era o lazer dos escravos nas horas de descanso.
Os capoeiristas eram contratados pelos políticos para bagunçar no dia das eleições. Enquanto as pessoas desviavam a atenção para a confusão dos capoeiras um indivíduo colocava um maço de chapas na urna ou na linguagem da época "emprenhava a urna". Vencia as eleições o candato que dispunha de maior nº de capoeiras.
Canjiquinha foi o criador da Festa de Arromba, jogada nas festas do Largo da Bahia. Nessas comemorações vários capoeiristas se reuniam e jogavam em troca de dinheiro e bebida.
“Crocodilagem" é o nome dado a um jogo duro que submete o capoeira a uma situação de inferioridade ou deslealdade.
Em 1824, os escravos que fossem pegos praticando capoeira recebiam trezentas chibatadas e era enviadas para a Ilha das Cobras para realizar trabalhos forçados durante três meses.
Milhares de capoeiristas foram para a Guerra do Paraguai, pois havia sido prometida a liberdade no final do conflito àqueles que participassem da batalha.
“Caxinguelê" é o nome dado a meninos que praticam capoeira.
Antigamente, era de costume os capoeiristas trajarem terno de linho branco. Era considerado um bom jogador aquele que conseguisse sair da roda com o terno impecavelmente limpo.
A orquestra do samba de roda é composta por pandeiro, violão, chocalho e prato de cozinha arranhado por uma faca.
A luta de Mestre Bimba que demorou mais tempo durou um minuto e dois segundos.
Manuel dos Reis Machado nasceu no dia 23 de novembro de 1900, no bairro Engenho Velho, Freguesia de Brotas, Salvador, Bahia.
O apelido ele ganhou logo ao nascer de uma aposta feita entre sua mãe, Maria Martinha do Bonfim e a parteira que o aparou.
Seu pai, Luís Cândido Machado, era conhecido como um grande batuqueiro, campeão de batuque.
Iniciou-se na capoeira aos 12 anos de idade, seu mestre foi o africano Bentinho, capitão da Companhia de Navegação Baiana.
Aos 18 anos começa a dar aulas no bairro onde nasceu. Como ele mesmo dizia:
“Em 1918 não havia escola de capoeira, havia sim rodas de capoeira, nas esquinas, nos armazéns e no meio do mato”.
Em 1928 achando que a capoeira que ele praticava e ensinava era pouco competitiva, e que deixava a desejar em termos de luta, juntou golpes de batuque à capoeira de angola e criou a capoeira regional.
“ Fiz a capoeira regional. Enquanto estudava e praticava a de angola fui inventando e aperfeiçoando novos golpes”.
“ Em 1928 eu criei completa, a regional que é o batuque misturado com a angola, com mais golpes, uma verdadeira luta, boa para o corpo e para a mente. ”
A capoeira regional criada por Mestre Bimba foi motivo de muita polêmica entre os outros capoeiristas que não concordavam com sua radical mudança. Por outro lado, os jornais e revistas da época não cansavam de noticiar suas proezas. A fama de Bimba e da capoeira regional se propaga pelo Brasil.
Em 1932, fundou sua primeira academia especializada com o nome de “Centro de Cultura Física e Regional”. Cinco anos depois, em 1937, era reconhecida e registrada oficialmente pelo governo. Em 1939, Bimba ensina capoeira regional no quartel do CPOR. Instalou sua segunda academia em 1942.
Bimba leva a capoeira em exibições por todo o país e em 23 de julho de 1953 apresenta-se para o então presidente Getúlio Vargas, no palácio da Aclamação em Salvador. Ao apertar-lhe a mão o Presidente disse: “A capoeira é o único esporte verdadeiramente nacional.”
Foi depois desta apresentação que Getúlio Vargas liberou as manifestações populares até então perseguidas e, com isso, beneficiou a capoeira que deixou de ser proibida pela polícia.
Casado e pai de 10 filhos, Bimba enfrentava problemas financeiros. Assim, acreditando em promessas de maior reconhecimento e de uma vida melhor, Mestre Bimba deixa Salvador e parte para Goiânia.
Porém sua vida em Goiânia não foi como lhe haviam prometido. Um ano depois de deixar a Bahia, no dia 05 de fevereiro de 1974 morre Mestre Bimba.
“O homem que elevou a capoeira de status, que a tirou de baixo do pé do boi, como gostava de dizer, e a introduziu nos meios universitários e sociais de Salvador, que foi citado em enciclopédias e filmado por turistas do mundo todo.”
Sepultado em Goiânia, seus restos mortais foram transladados para Salvador em 20 de julho de 1978.
“Bimba se foi, mas deixou sua majestosa, inigualável obra, a qual, como ele, tornou-se imortais, deixando sua filosofia e sua força de fazer uma capoeira forte e insuperável, uma capoeira autêntica, digna de ser chamada Capoeira Regional, a arte marcial brasileira.”
Algumas criações de Mestre Bimba:
Criou a capoeira regional, na época consistia de 52 golpes.
Criou um método de ensino, a chamada sequencia de Bimba que consiste em 8 sequencias de ataque e defesa para serem executados na roda.
Criou a sequencia de cintura desprezada, que é uma série de balões cinturados, que os alunos só podiam jogar depois de formados, ao toque de iuna.
Criou o batizado de capoeira, um ritual onde o aluno é iniciado na capoeira recebendo um apelido e sua primeira graduação.
Criou a graduação na capoeira, que consistia em 4 lenços de esguião de seda:
1º lenço cor azul – aluno formado
2º lenço cor vermelho – aluno formado e especializado
3º lenço cor amarelo – curso de armas
4º lenço cor branco – mestre de capoeira.
Toques
Todos os toques de berimbau são executados
através de 4 (quatro) tipos de batidas com a baqueta, assim, temos estes
toques, que são os mais usados, cada um deles tem um significado diferente.
Angola
É o toque específico do jogo de Angola. É um toque lento, cadenciado, bem batido no atabaque, tem um sentido triste. É feito para o jogo de dentro, jogo baixo, perigoso, rente ao chão, bem devagar.
Angolinha
É uma variação pouco mais rápida do toque de Angola, serve para aumentar o ritmo quando vai mudar o jogo.
São Bento Pequeno
É o toque para jogo solto, ligeiro, ágil, jogo de exibição técnica. Também conhecida como Angola invertida.
São Bento Grande de Angola
É o toque mais original da capoeira Regional. É muito usado em apresentações públicas, rodas de rua, batizados e outros eventos e também nas rodas técnicas das academias para testar o nível de agilidade dos alunos.
Iúna
É usado apenas para o jogo dos mestres. Neste toque, aluno é plateia, não joga nem bate palmas, jogam apenas os mestres e contramestres e algum instrutor, professor ou aluno graduado se, por ventura, seu mestre autorizar e lhe ceder à vez de jogar. No toque de Iúna não há canto.
Lamento
É o toque fúnebre da capoeira. Usado apenas em funerais de mestres.
Amazonas
É o toque festivo, usado para saudar mestres visitantes de outros lugares e seus respectivos alunos. É usado em batizados e encontros.
Cavalaria
É o toque de alerta máximo ao capoeirista. É usado para avisar o perigo no jogo, a violência e a discórdia na roda. Na época da escravidão, era usada para avisar aos negros capoeiras da chegada do feitor e na República, quando a capoeira foi proibida, os capoeiristas usavam a "cavalaria" para chegar da chegada da polícia montada, ou seja, da cavalaria.
Santa Maria
É o toque usado quando o jogador coloca a navalha no pé ou na mão. Incentiva o jogo, mas não a violência.
Banguela
É o mais lento toque de capoeira regional, usado para acalmar os ânimos dos jogadores quando o combate aperta.
Idalina
É um toque lento, mas de batida forte, que também é usado para o jogo de faca ou facão.
São Bento Grande de Bimba (Regional)
Como o nome já diz, é o toque de Bimba, pois é um tipo de variação diferente que mestre Bimba criou em cima do toque original de São Bento Grande.
Samba de Roda
É o toque original da roda de samba, geralmente feita depois da roda de capoeira, para descansar e descontrair o ambiente. É no Samba de Roda que o capoeira mostra que é bom de samba, bom de cintura e bom de olho em sua companheira.
Apanha a Laranja do Chão Tico-Tico
Nas festas de Santa Bárbara, era usado para o "torneio" que consistia no seguinte: dois capoeiristas exibiam-se tentando apanhar com a boca um lenço branco que era jogado no meio da roda, consagrando-se vencedor, aquele que o apanhava O referido toque é acompanhado da melodia do mesmo nome, que se originou deu uma brincadeira de roda, muito conhecida em rodas que tem a presença de mestres antigos que botam uma cédula no meio da roda e começam a jogar em busca dela.
Samango
Criação de Mestre Canjiquinha. É lutado de lado, tem a presença de poucos movimentos. Sua característica de manifestação é a chapa giratória, a chapa de lado, rasteira e voo de morcego.
Muzenza
Toque originário do candomblé, criado pelo Mestre Canjiquinha. Na capoeira demonstra-se desprezo pelo adversário.
Maculelê
É o toque usado para a "Dança do Maculelê", ou para o jogo do porrete, faca ou facão.
Barravento
Toque rápido, bonito e agradável de ouvir, em que o solista demonstra os infindáveis recursos de repique que há no berimbau. O jogo é solto, muito à vontade; é uma demonstração de alegria.
Outros toques que não foram citados são toques
mais usados para florear, enfeitar o jogo, dar andamento à roda, geralmente
são usados em eventos e festas de capoeira para esticar a duração do jogo
quando se preparam outras atrações durante o acontecimento da roda.
É essencial a um bom capoeira que ele domine com
perfeição todos os toques que conseguir e que pratique o ritmo dos três
berimbaus, ou seja, que ele toque o Gunga tão bem quanto o Médio e Violinha.
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Instrumentos Usados
na Capoeira
Berimbau
Atabaque
Pandeiro
Agogô
Sequências
de Bimba
Uma das grandes
mudanças que mestre Bimba implementou no ensino da capoeira, foi a criação de
uma sequencia de ensino, que consiste em 8 sequencias de ataque e defesa, que
prepara o aluno iniciante, dando as condições necessárias para o jogo na roda
de capoeira.
veja as imagens e a descrição dos movimentos.
veja as imagens e a descrição dos movimentos.
Sequencia 1
Jogador 1 - meia-lua de frente, meia lua de frente, bênção e aú.
Jogador 2 - Cocorinha, cocorinha, negativa e cabeçada.
Sequencia 2
Jogador 1 - martelo, martelo, cocorinha, benção e aú de rolê.
Jogador 2 - rasteira, rasteira, armada, negativa e cabeçada.
Sequencia 3
Jogador 1 - queixada, queixada, cocorinha, bênção e aú de rolê.
Jogador 2 - cocorinha, cocorinha, armada, negativa e cabeçada.
Sequencia 4
Jogador 1 - godeme, godeme, arrastão e aú de rolê.
Jogador 2 - 2 parada de godeme, galopante, negativa e cabeçada.
Sequencia 5
Jogador 1 - arpão de cabeça, joelhada e aú de rolê.
Jogador 2 - cabeçada, negativa e cabeçada.
Sequencia 6
Jogador 1 - meia-lua de compasso, cocorinha, joelhada lateral, aú de rolê.
Jogador 2 - cocorinha, meia-lua de compasso, negativa e cabeçada.
Sequencia 7
Jogador 1 - armada, cocorinha, benção, aú de rolê.
Jogador 2 - cocorinha, armada, negativa e cabeçada.
Jogador 1 - arpão de cabeça, joelhada e aú de rolê.
Jogador 2 - cabeçada, negativa e cabeçada.
Sequencia 6
Jogador 1 - meia-lua de compasso, cocorinha, joelhada lateral, aú de rolê.
Jogador 2 - cocorinha, meia-lua de compasso, negativa e cabeçada.
Sequencia 7
Jogador 1 - armada, cocorinha, benção, aú de rolê.
Jogador 2 - cocorinha, armada, negativa e cabeçada.
Sequencia 8
Jogador 1 - bênção e aú de
rolê.
Jogador 2 - negativa e cabeçada.
Capoeira
Taguatinga Norte - DF - Brasil
E-mail: cleitoncoqueiro@gmail.com
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Parabéns,para ser um bom capoeirista,temos que está sempre bem informados!
ResponderExcluirParabéns,para ser um bom capoeirista,temos que está sempre bem informados!
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